dezembro 03, 2012

A Maneira de Deus Lidar com os Pecados dos Cristãos


Purificação 
Depois que uma pessoa crê no Senhor Jesus, todos os seus pecados passados são
perdoados pela obra redentora do Senhor. Mas que deve ela fazer, se pecar novamente depois de
crer e ter sido salva? Não é correto pecar, mas pecar é um fato que ocorre na vida. É uma
vergonha um cristão pecar, mas também é um fato inegável que os cristãos pecam. Sabemos que
não devemos falhar nem cometer erros. Mas devemos admitir que realmente temos momentos de
fracasso e de fato cometemos erros. Então, que faremos com esses pecados? Para sermos mais
específicos, o que Deus fará com esses pecados? Já mencionamos a punição temporária. Deus
nos adverte que, se nos tornarmos apóstatas, seremos punidos no reino milenar. Mas se
quisermos lidar com nossos pecados e ser purificados deles, que devemos fazer? Como podem
nossos pecados ser lavados e perdoados? Embora em toda a Bíblia haja somente três ou quatro
lugares que mencionam esse problema, eles nos proporcionam uma clara luz. A fim de sabermos
como lidar com esse problema, tudo o que temos de fazer é ler essas poucas passagens.

UMA ÚNICA PURIFICAÇÃO POR MEIO DO SANGUE
Comecemos pelo princípio. Sabemos que quando o Senhor Jesus foi crucificado na cruz,
Ele verteu Seu sangue para lavar todos os nossos pecados. Depois de lavar nossos pecados, Ele
assentou-se à direita de Deus (Hb 1:3). Se, depois de sermos salvos e purificados de nossos
pecados, nós pecarmos e nos corrompermos de novo, o sangue do Senhor Jesus lavará nossos
pecados novamente? O homem pensa que se pecar, o sangue do Senhor Jesus terá de purificar
os seus pecados novamente. Mas não há tal verdade na Bíblia. O sangue purifica os nossos
pecados somente uma vez; nunca purifica duas vezes. Não há repurificação dos pecados do
homem.
O livro de Hebreus mostra-nos claramente que há somente uma purificação de pecados.
Hebreus 10:1-14 diz: “Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das
coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após
ano, perpetuamente, eles oferecem. Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto
os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de
pecados? Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos, porque é
impossível que sangue de touros e bodes remova pecados. Por isso, ao entrar no mundo, diz:
Sacrifício e oferta não quiseste; antes, corpo me formaste; não te deleitaste com holocaustos e
ofertas pelo pecado. Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito),
para fazer, ó Deus, a tua vontade. Depois de dizer, como acima: Sacrifícios e ofertas não quiseste,
nem holocaustos e oblações pelo pecado, nem com isto te deleitaste (coisas que se oferecem
segundo a lei), então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o
primeiro para estabelecer o segundo. Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a
oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após
dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca
jamais podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício
pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus
inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. Porque, com uma única oferta aperfeiçoou para
sempre quantos estão sendo santificados”.
Vemos que o Senhor Jesus ofereceu a Si próprio uma vez como oferta pelo pecado por
nossos pecados. Ele efetuou a redenção eterna uma vez por todas. Pela Sua obra única estamos
eternamente aperfeiçoados. O versículo 2 mostra que os que foram purificados, não mais têm
consciência dos pecados. Por isso, há somente uma oferta do Senhor Jesus. Não há uma segunda
oferta. Se alguém rejeitar esta oferta pelo pecado, não haverá outra oferta pelo pecado para ele.
Este é o motivo de o versículo 26 dizer que, se pecarmos deliberadamente, já não restam mais
sacrifícios pelos pecados. Os pecados de um pecador são perdoados por meio da cruz de Cristo.
Depois que um cristão é salvo, mesmo que ele peque, o Senhor Jesus não pode morrer por seus
pecados novamente. A Sua realização passada consumou tudo eternamente. Tudo está incluído
Nele.

Leiamos agora alguns versículos do capítulo 9. Os versículos 25, 26 e 28 dizem: “Nem
ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo
dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas
vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma
vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado (...) assim também Cristo,
tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez,
sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”. Sua vinda pela segunda vez não terá nada
que ver com seus pecados; antes, será para a salvação deles. Os versículos 12 a 14 dizem: “Não
por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos
Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Portanto, se o sangue de bodes e de
touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à
purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se
ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao
Deus vivo!” O versículo 9, falando do primeiro tabernáculo, diz que ele é “uma alegoria para o
tempo presente” (VRC). Nesse tabernáculo “se oferecem assim dons como sacrifícios, embora
estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto”.
Lendo os capítulos 9 e 10 vemos que os sacrifícios do Antigo Testamento diferem do
sacrifício do Novo. Se eu estivesse no Antigo Testamento e cometesse um pecado, haveria
somente uma maneira de lidar com ele. Se eu tivesse bastante dinheiro, compraria um touro; se
não tivesse o suficiente, compraria um bode e se não tivesse recursos para nenhum deles,
compraria uma rola. Depois eu pediria a um sacerdote que ofertasse o sacrifício por mim para
expiação do meu pecado. Quando visse o touro ou o bode, meu coração se alegraria, porque
saberia que a oferta servira como substituto para minha punição. Por ser o sangue de touro ou
bode semelhante ao meu, Deus me perdoaria. Eu iria para casa satisfeito e com júbilo no coração,
e seria a pessoa mais feliz da terra, porque os meus pecados teriam sido perdoados; eu não teria
mais meus pecados. As trevas em minha consciência seriam removidas, e eu não mais sofreria.
Mas, dois dias depois, eu poderia começar a pensar: “E se não valer aquele sacrifício oferecido
outro dia? E se o sacerdote não houver feito o serviço corretamente?” Por causa desses
pensamentos, eu ficaria preocupado e sofreria novamente. Finalmente, eu decidiria comprar outro
touro ou bode, levá-lo-ia ao sacerdote e diria a ele que a oferta de pecado do outro dia não fora
bem feita, e pediria para refazer a oferta. O sacerdote, então, sacrificaria o touro ou o bode, e
oferecê-lo-ia mais uma vez a Deus, e eu me certificaria de que o touro ou o bode havia sido
oferecido pelos meus pecados.
No Antigo Testamento, quando a consciência incomodava, podia-se sempre trazer outro
touro ou bode como oferta pelos pecados por intermédio do sacerdote. Isso é o que Hebreus 9 nos
mostra. Ele diz que o sangue de touros e bode não faz uma obra completa. O capítulo 10 diz que,
se uma obra completa tivesse sido feita, não haveria mais consciência de pecados. Deus
considerava incompleta a obra de animais no tocante à consciência, porque cada vez que uma
pessoa perdesse a paz em sua consciência, ela sentiria que seus pecados ainda não haviam sido
plenamente tratados, e haveria necessidade de mais ofertas.
Entretanto, o apóstolo mostra-nos que um cristão não deve agir da mesma forma. O
sacrifício propiciatório que Deus estabeleceu no Novo Testamento não é um touro ou um bode,
mas o Seu próprio Filho. Quando Seu Filho veio à terra, Ele disse claramente que Deus não
desejava touros e bodes nem se agradava deles. Em vez disso, Deus preparou um corpo para Ele,
a fim de que Ele pudesse morrer para completar a obra da eterna redenção. O Senhor cumpriu na
cruz o sacrifício pela redenção eterna. Agora podemos obter essa redenção eterna. Ele ofereceu
um sacrifício pela redenção eterna, consumando assim a eterna redenção. Por causa desta
redenção eterna, estamos eternamente aperfeiçoados. Ele é o Filho de Deus. Por causa de Sua
obra eterna uma vez consumada, não precisamos mais fazer ofertas pelo pecado. Não mais
podemos fazer oferta pelo pecado para o mesmo pecado, porque o Senhor Jesus consumou toda
a obra.
O Filho de Deus não pode novamente ser crucificado pelos nossos pecados. Ninguém
pode pisar o sangue do Filho de Deus e torná-lo algo comum. E se algo é o único do gênero, é
precioso. Mas se houver duas coisas do mesmo gênero, elas são comuns. Tratar o sangue do
Filho como algo comum significa considerá-lo igual ao sangue de touros e bodes. Mas se honrar
Seu sangue e considerá-lo como algo único, ele lhe será precioso. A oferta pelo pecado,consumada por Ele, está aqui. Depois que o Senhor realizou Sua obra, Deus disse que não pode
haver nenhuma outra obra. O Filho de Deus não pode morrer novamente. Sua obra está
consumada. Se você a quiser, terá de crer Nele. Você não pode acrescentar nada a ela. Ou você
depende Dele ou nada tem. Depois que alguém recebe a luz por meio da verdade, para ele não há
mais sacrifício pelos pecados. Há somente uma oferta pelo pecado. Isso é o que pregamos.
Aqueles que vêm adorar por meio desse único sacrifício terão sua consciência purificada; eles não
mais terão consciência dos pecados. Todos os pecados deles foram lavados e eles não terão mais
consciência dos pecados. Além disso, não há necessidade de outra purificação. A Bíblia nunca
ensina a doutrina de uma segunda purificação. O sangue do Senhor Jesus não pode purificar-nos
novamente. Uma vez purificados, estamos purificados para sempre.

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